terça-feira, 12 de janeiro de 2010

06 jan - Valizas

La Paloma possui vários campings e todos eles parecem enormes mas com certeza ficamos em um que deveria ser o mais badalado, o que foi um pouco ruim para dormir com tanto barulho, diferente do San Rafael onde todos se respeitam e é mais família, os de La Paloma são infestados de jovens que só querem festar. O Camping possuía ruas internas com quadras mesmo, tinha mercado, restaurante e tudo mais dentro dele.

O balneário todo é um agito de molecada, e quando acordamos eles ainda estavam voltando das festas. O dia amanheceu com forte vento e parecia que iria se formar uma forte tempestade de verão. Nos preparamos para a chuva, mas apenas o vento predominou e ainda a nosso favor. Apenas ficou contra no momento de irmos passear pelo centro.


Aproveitamos que estávamos passando pelo centro e o Marcelo percebeu que estava com dois raios estourados, e passamos na oficina do El Topo um carismático senhor que nos questionou porque nós brasileiros não nos referimos aos gringos como "los ermanos uruguaios", pois é assim que eles uruguaios e argentinos aprendem a nos tratar já na escola. A sua taller estava muito bem fácil de encontrar pois tinha placas de indicação a partir da rua principal de La Paloma. Me fez lembrar do camping de Santa Ana perto de Colonia, que tivemos dificuldade de encontrar por falta de placas indicativas.



Depois de La Paloma, passamos em La Pedreira e que apesar de ter uma costa bonita, possui um acesso complicado com muitas pessoas e carros disputando espaço, isso que nem estava um tempo bom. O visual é muito bonito.


Seguimos pela Ruta 10 a única que não poderemos falar bem pois não possui acostamento e tem muito movimento de carros. O Visual também é muito bonito apesar de ser um pouco monótono as vezes.


A partir de José Ignacio temos que sempre estar auto-suficientes de alimentação e água, pois existem poucos apoios no caminho. Sempre escolhíamos uma boa sombra para descansar e para uma refeição.


Como em todo restante do Uruguai, sempre íamos encontrando muitos brasileiros pelo caminho. Neste dia o Pereira acabou conhecendo os seus vizinhos de Floripa.


Conseguimos chegar com tempo suficiente para uma visita a Cabo Polonio, onde resolvemos optar pelo transporte 4 X 4 a partir da Rota 1o, o local é bem visível e sinalizado e os transportes especiais saem a todo momento, muito bem organizado. Quem tiver muita disposição pode tentar ir caminhando, mas é muito longe e iria tomar muito tempo e empurrar a bike é inviável.


Cabo Polônio é uma reserva ambiental onde é possível avistar lobos e leões marinhos, e também baleias e pinguins em algumas épocas do ano. Rodeada de ilhas onde já ocorreram diversos naufrágios e que também servem de refúgio para animais marinhos.


Podemos nos aproximar dos animais marinhos, o cheiro é forte mas é realmente bonito de se observar. O mar é muito agitado e o vento estava bem forte.


Ao redor da formação granítica existe a vila de pescadores que foi tomada por uma cultura exótica e por isso é também considerado um patrimônio cultural, e que mais percebi foi mesmo uma exploração deste tema, afinal onde tem tursita isso sempre acontece.

Apesar de ser proibido acampar, vimos várias pessoas com barracas nas costas e soube que a noite eles tomam conta e depois desarmam as barracas ao amanhecer. Mas existem diversas hospedagens alternativas. La alguns se viram com energia solar, eólica e com geradores. O único lugar alimentado com energia elétrica é o farol.


Após a visita a Cabo Polonio seguimos até Valizas, e como estavamos com tempo ainda, resolvemos optar por trocar o camping mais a beira da estrada por algum outro mais no litoral. E esta foi a melhor escolha pois não poderíamos perder a oportunidade de conhecer este balneário exótico.


Encontramos um camping clandestino, um achado que a Aline descobriu ao se informar em um mercado. Foi diferente apesar de não ter uma estrutura adequada com banho quente e ser ao lado de uma festa com muito barulho. Mas todos os outros lugares ali não seriam livres do agito. Fomos passear na praia e na vila e já acompanhamos um show na praça.


Apesar do vento frio, foi uma delicia ficar um tempo nesta praia linda com areia macia. Uma das melhores praias que fui no Uruguai. Adorei e recomendo muito. Podemos avista as enormes dunas que fazem divisa com Cabo Polonio e para onde podemos ir caminhando.



A noite possui muitas opções de festas, bares, feiras tudo regado com muita musica. Lembra de leve o ritmo da Lagoa da Conceição em Florianópolis. Em um destes lugares uma banda se apresentava entre os arbustos e tocava músicas alternativas que faziam a trilha sonora para um filme no telão.


Praças com rodas ao redor do fogo, venda de artesanatos e livros e na rua principal um batuque ritmado de tambores éra seguido por uma população animada de um lado para outro como um imenso bloco de carnaval.


Valizas foi pura vibe, foi o ânimo que estávamos precisando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário