segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

02 jan - Piriapolis

Segundo dia de 2010 seguimos pelo litoral do rio de la Plata a partir de Montevideu com suas belas paisagens e percebendo mais balneários do que a parte de Colonia.




Em Solis Chico a Sandra e a Aline resolveram dar uma parada para um mergulho refrescante.


Na Rota Interbalneária mirei um cemitério de carros antigos, fiquei imaginando o pecado para os colecionadores que poderiam aproveitar melhor e o quanto ficariam tristes em ver estes veículos largados no tempo.



Depois de dias em total planície, finalmente avistamos uma serra, o Cerro de las Ánimas.


Os rios que cruzam as rutas são em geral muito bonitos e bem aproveitados.


O litoral tem uma diversidade de areias e relevo, este em Solis tem uma pequena falésia que da um toque especial a paisagem.


Neste dia havíamos combinado antes de sair de Montevideu, em diminuir o pedal do dia ficando em Atlantida, mas durante a viagem o grupo em sua maioria decidiu tocar adiante e com isso participar da feste do Martin em Punta Balena, onde iríamos nos hospedar depois de Piriapolis.

Esta decisão complicou em muito todo o planejamento da Fabi e da Sandra que já haviam feito reservas para dois dias seguidos, e se fosse tomada com antecedencia poderia ajudar elas a conseguirem algum lugar para ficar. Mas no decorrer do dia é que muita coisa vai acontecendo e o grupo vai adequando as decisoes.


Este dia ficou um pouco de triste com a decisão da Fabi em ir embora, e foi compreensível afinal tudo que estava bem resolvido com suas hospedagens foi prejudicado com a mudança tomada pelo grupo. A Sandra resolveu mudar seus planos e ainda encarar um camping, a única opção de hospedagem disponível em Piriapolis.


Piriapolis é um balneário muito movimentado e creio que o que atrai é o motivo de ter um relevo diferenciado, tendo um morro próximo ao mar. No mais a praia não se mostrou tão bonita quanto outras que já haviamos passado.

01 jan - Tour Montevideo

No dia primeiro de 2010, saímos para a tour por Montevideu iniciando pela região do porto e ciudad vieja em pleno feriado, vantagem de ter a cidade tranqüila para pedalar mas tendo a desvantagem de ter os pontos turísticos fechados, como o mercado publico e o velódromo.







Ao final do passeio, fomos em frente ao hostel para desfrutar dos Pub's e fazermos nossa refeição noturna. As duas noites foram de muito barulho, terrível para quem quer dormir bem após os pedais, e tudo de bom para que vai a procura de agito.

31 dez - Montevideu

Véspera de ano novo e mais alguns quilômetros de Rota 1 pela frente tendo como destino a capital Montevideu.


Durante o Giro por Uruguai encontramos vários ciclistas pelas rotas, speederos, cicloturistas, trabalhadores, pessoas passeando e todos os tipos de usuários de duas rodas, a bike é realmente bem utilizada neste país.



Pouco antes de chegar em Montevideu ao atravessar o rio Santa Lucia, o pessoal seguiu pela ponte nova. Não havíamos combinado antes, deveria ter deixado bem claro que deveríamos desviar antes para a rota Viejo para podermos pegar a ponte de ferro Santiado Vazquez.

Tivemos que retornar na cabeceira da ponte nova pois não é permitida a passagem de bicicletas por la. Fui um pouco duro ao decidir que deveríamos voltar e passar pela ponte antiga, e a partir dali sai feito um doido chateado puxando a turma até o parque Prado.


No caminho até o centro fui percebendo que no estudo da rota eu não consegui identificar um subúrbio, e neste local o ideal seria andarmos mais juntos, mas como estava emburrado segui um pouco sozinho e sem me apavorar com algum possível risco. Nada demais aconteceu mas foi uma atitude pouco responsável para aquele momento. No final tudo deu certo e chegamos ao Parque Prado e praticamente já estávamos encaminhados para o centro.


Visitamos mais alguns pontos turisticos pelo caminho, conseguimos aproveitar bem o tempo e isso que me preocupava também, pois queríamos chegar cedo para nos preparar para a noite da virada do ano. O prédio moderno abaixo é da empresa de comunicações.


Pelo caminho ainda aproveitamos para outros pontos turísticos como o Palácio Legislativo.



Para encontrar o Hostel nos atrapalhamos um pouco, momentos antes havia deixado o roteiro de lado e la fomos seguindo orientações locais mas tivemos uma grande surpresa, uma tradição da juventude da cidade de se concentrarem em uma região central para jogar cidras, cervejas, água e tudo mais um nos outros antes do ano novo. E para nós isso não foi nada de legal, pois o nosso hotel fica de frente para esta concentração festiva. Tivemos que nos aventurar com as bikes e recebemos o “trote”, maior festa para eles e tivemos que entrar no clima na marra... Podemos dizer que participamos de uma tradição local.



No final conseguimos aguardar a festa se acalmar um pouco e conseguimos um espaço para passar. Fomos bem recebido no hostel e as boas vindas foram duas geladas Pilsem.

A hospedagem além de ser de cara para o agito da cidade, rua com muitos Pub’s , é vizinha do Teatro Solis e perto da Plaza de la Independencia.


A noite fomos comemorar a virada do ano na beira rio, o local estava bem vazio pois não é tradição deles ter festas populares e também os fogos só começam a ser vistos no momento da virada mesmo.

A nossa festa foi entre os aventureiros do Giro, o casal de amigos do Pereira que havíamos encontrado em Colonia del Sacramento e umas garotas gaúchas que estavam no Hostel. O vento estava forte e gelado e assim foi nossa virada com toque de alegria brasileira, cidras e as companheiras canequinhas de aluminio.

30 dez - Libertad

A noite na granja foi de chuva, mas o amanhecer foi um espetáculo de luz anunciando um dia quente de sol.


O café da manhã foi especial, ele não é incluso no custo da hospedagem mas vale a pena solicitar pois não é muito caro e é servido com produtos orgânicos produzidos ali mesmo. Eles nos fazem um convite para visitar a capelinha ecumênica que é muito bem cuidada.


O caminho até Libertad foi mesmo pela Rota 1, poucos atrativos mas muito mais seguro que as grandes rodovias brasileiras. Verificamos que realmente os motoristas respeitam muito os ciclistas, como havíamos verificado em vários relatos de cicloturistas que passaram pelo Uruguai. Em Colonia a Rota 1 é feita em parte com concreto, um exemplo de qualidade. Para nos ciclistas o mais importante, possui ótimo acostamento.


Para nosso deleite, encontramos mais um pessegueiro dando sopa em nosso caminho...



Em nosso momento de parada para um bom descanso, a Fabi conseguiu encontrar um ótimo lugar para uma refeição, sombra e um bom papo. Entrando em uma estradinha que ninguém poderia imaginar encontrar algo, la estava o mercadinho da Monique, uma menina muito querida que nos atendeu muito bem e que manterá contato com a Aline para marcar uma viagem para Floripa.



Um pouco antes da entrada para Livertad, mais um achado da Fabi, um parador na beira da estrada e que nos impressionou muito ao descobrirmos seu interior, parecia muito com uma moradia mexicana, onde costumamos ver em filmes um cercado de construções em volta de um pátio com direito a capelinha, fonte e tudo mais.

A hospedagem é simples mas tem todo conforto que necessitamos neste tipo de viagem, espaço, bom banheiro e caminha preparada. De Colonia até Montevidéu, antes de Libertad, fiquem de olho em uma placa para La Casona de Juan - Parador Hosteria.

29 dez - Colonia Valdense

Em Santa Ana, acordamos e fomos passear no balneário banhado pelo Rio de la Plata onde anda-se muito com a água pelos joelhos. Voltamos e desarmamos as barracas e preparamos nosso lanche. Logo chegaram as meninas de Curitiba que ficaram em Colonia.


Iniciamos nosso giro com destino a Blanca Arena procurando caminhos alternativos e bonitos.


Tivemos que pegar uma parte da Rota 1 e foi muito tranqüilo, depois fui perceber que ao seguir orientações de moradores locais, deixei de entrar em uma pequena estrada alternativa que iria nos levar para La Paz passando por uma pequena e bonita ponte de ferro para pedestres, mas tudo acaba tendo um porque de acontecer e o presente foi encontrar um restaurante muito especial na beira da estrada, logo após a entrada para Rosário e antes de uma ponte na Rota.
Fomos atendido com uma enorme simpatia, atendimento espetacular e uma comida deliciosa. Descansamos e logo começou uma chuva leve, esperamos um pouco e saímos mesmo com um pouco de chuva.

Em La Paz as meninas de Curitiba foram atrás de informações de hospedagens e constataram que somente em Colonia Valdense teriam algo. Decidimos deixar Blanca Arena de lado e seguir junto com elas. La Paz é um pueblo pacato e faz parte de um roteiro religioso o Caminos de Tolerancia.



Em Colonia Valdense o Pereira resolveu pesquisar uma hospedagem em uma granja ecológica, o Centro Emmanuel, um lugar muito bonito com hospedagem confortável, alimentação orgânica e que recomendo muito para todos que estiverem de passagem entre Colonia del Sacramento e Montevideu. emmanuel@adinet.com.uy (055) 88990



Após instalados na granja, saímos para um passeio por Colonia Valdense.


Mais um pouco da Granja Ecológica. Foi um achado que valeu muito a pena, muito bom deixar um pouco o roteiro de lado e seguir a intuição de um grupo. Apesar de ser difícil em muitas vezes, de se conseguir com facilidade uma decisão unanime em um grupo grande.

domingo, 10 de janeiro de 2010

28 dez - Colônia del Sacramento

Terceiro dia do Gira, deixamos as terras argentinas pelo Rio de la Plata a bordo de uma bela embarcação da Buquebus.

Uma dica que fica é que o valor da passagem anunciada no site da empresa é em pesos argentino e é importante ficar atento com os horários e chegar mais cedo, pois perde-se um tempo com os trametes de aduana e embarque. O transporte é confortável e as bikes ficam montadas e com alforjes no compartimento de veículos.

Em fim iniciamos definitivamente o gira por uruguay em Colonia del Sacramento



A bela cidade declarada como patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO, possui fortes características portuguesas pois pertenceu realmente a coroa portuguesa e durante anos foi motivo de disputa com a coroa espanhola.

Muralha, canhões, caminhos de pedras, arquitetura antiga, é muito interessante pedalar pela parte antiga de Colonia.


As ruas mais largas possuem seu charme com velhos plátanos que nos protegem do sol, em uma delas ocorreu o encontro do Pereira com amigos de Floripa, uma bela surpresa. Muitos brasileiros fazem turismo no Uruguai.


Em muitas ruas encontramos carros antigos que enfeitam e nos fazem saltar entre vários períodos antigos.


Em Colonia tivemos o prazer de contemplar la puesta del sol, um espetáculo muito bonito que se pode ter nesta costa do Uruguai.




Após o espetáculo do rei maior, as meninas de Curitiba foram para o Hotel no centro de Colonia e eu e os demais saímos a pedalar com a luz da lua por mais 22 km até o balneário de Santa Ana para acamparmos.

Aqui começou a grande dificuldade desta viagem, encontrar hospedagens neste época de alta temporada. Para quem segue com o intuito de acampar isso não é um obstáculo pois os campings existem em grande quantidade no país. Sem barraca a dica que fica é de se ter um roteiro rígido, o que pode engessar um pouco uma viagem de cicloturismo, e assim ter condições de se ter reservas garantidas.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

27 dez - Buenos Aires


No segundo dia em Buenos Aires, deixamos nossas bikes no hostel e seguimos para uma tour diferente, para a regiäo do Tigre, pegamos o metro na frente de nossa hospedagem e fomos até a estaçäo de trem. La saem os trens de passageiros que levam até o balneário do delta do Tigre.

Perto da estaçäo final do trem existe o porto de onde saem as embarcaçoes para os passeios pelo delta. É um passeio super bonito, e visualizamos várias casas de diversos tipos e na maioria com pier pois é o unico modo de transporte até elas, existe até escola neste local, e o mercado é através de embercaçoes que sao utilizadas como mercadinhos fluviais. Várias pessoas praticam remo.


Depois do passeio de barco fomos caminhar pela localidade do pueblo e procurar um lugar para almoçar. Após almoço continuamos nosso passeio e passamos pela frente de vários museus, mas na maioria nao ocorreu a disposiçao para entrar e apenas curtir por fora deles.



Boa parte das ruas a beira-rio possuem muitas arvores e gramados onde o pessoal fica reunido com familia e amigos.


Como sempre, belas arquiteturas.