Vídeo do gira por uruguai preparado pelo Marcelo Viramesa
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
08 jan - Chuí
O parque de Santa Teresa possui diversos lugares para ficar, e acabamos escapando do local mais barulhento mas também podería ser mais isolado ainda. Mas o local estava perfeito, perto de tudo e ainda por podermos conhecer o Santiago e sua família.
Aproveitamos para acordar cedo e darmos um passeio por parte do parque, conhecer uma de suas praias e ir tomar café junto ao Fuerte que tem uma história muito interessante para se estudar, ele já foi cenário de disputas entre as coroas portuguesa e espanhola.
O gira praticamente terminou por aqui, ao pegarmos a Ruta em direção ao Chui pegamos o primeiro vento forte e contra. Já havíamos pego inicialmente um vento contra leve mas este foi o temor de toda a viagem, o meu pesadelo seria ter pego mais deste temido vento em mais momentos mas tivemos muita sorte.
Temia mais o vento do que a chuva e realmente ele é pior pois exige muito esforço e o pedal rende pouco. Pedalar com chuva foi uma delicia em Buenos Aires ao chegarmos e em La Paz.
Deixamos de lado neste último dia o Lago Negro, La Caronilla e Barra do Chuí pois já estávamos exaustos e o vento contra complicou um pouco. A saudade de casa também ajudou a tocarmos direto.
Chuy no Uruguai e Chuí no Brasil, duas cidades divididas por uma avenida e com pouco atrativo. Cidades pequenas e com muito tumulto sendo atrativas para sacoleiros e apenas nosso apoio para voltarmos para nossas casas. Pegamos o ônibus até Porto Alegre e la o Marcelo ficou para visitar a amiga Raquel. Eu e a Aline seguimos até Biguaçú chegando na tarde de sábado.
O Uruguai é fantástico, as pessoas são maravilhosas e existe opções para todos os gostos pela costa. A recomendação é tentar fugir do turismo nesta época tumultuada e para quem quer um pouco mais de conforto e não quer tanta aventura de viajar ao sabor de uma descoberta preciosa no decorrer do trajeto, o melhor é tornar o roteiro mais engessado e ter todas as garantias do que foi previsto inicialmente.
Tivemos o prazer de conhecer pessoas maravilhosas, até mesmo o encontro com o Ricardo em Buenos Aires, ele que inspirou em muito para este projeto. Os amigos Cristian e Huan que nos guiaram em terras portenhas e se mostraram muito prestativos. A coincidência de encontrarmos os amigos do Pereira em uma rua de Colonia e sabermos que estariam também em Montevidéu perto de nosso Hostel podendo compartilhar a festa da virada. O casal de australianos simpáticos que encontramos duas vezes pelo Uruguai. A Monique que mesmo escondida da Ruta o destino nos fez ir ao seu encontro e termos um momento muito agradável. O Gabriel amigo do Hugo de Blumenau e que também é designer, me e auxiliou em Montevidéu onde encontrei também o Anderson que trabalha para o meu amigo Eldon. Momentos encantadores no paraiso escondido em Ballena onde fomos acolhidos pelo Martin, super querido e atencioso e através dele conhecer a Carolina e a Ágo. O casal Rony e Clear com quem passei um final de tarde em uma ótima conversa em Punta. E o Santiago, parecia um anjo ao nos guiar quando ficamos perdidos na imensidão do Parque Santa Teresa.
Nosso agradecimento ao FES e o Warley do Clube de Cicloturismo Brasileiro que contribuíram com muitas informações durante o 8 Encontro Nacional de Clicluturismo e em contatos por e-mail, assim como outros aventureiros que indiretamente contribuíram através de seus relatos de viagens pelo Uruguai e que os links estão divulgados no menu ao lado. Também outros amigos que já passaram por la e foram nos auxiliando com preciosas dicas.
Agradeço muito pela parceria dos aventureiros Marcelo, Fabi, Pereira, Sandra e Aline. Sem a participação de todos o Gira não seria igual e cada um contribuiu muito em cada momento. Todos possuem conhecimentos importantes e a experiência compartilhada é que resultou em vários sucessos e surpresas na viagem e no planejamento de tudo.
Somos todos capazes de fazer nossos sonhos brilharem.
O pensamento positivo é o nosso farol sempre.
07 jan - Santa Teresa
Mais uma manhã de forte sol, acordamos cedo desarmando as barracas e incomodando um pouco os vizinhos do camping que haviam passado a noite em claro festando. Saímos com um pouco de vento lateral pela estrada de terra que liga até a Ruta 10.
A poucos quilômetros entramos no balneário de Aguas Dulces para conhecer, e o Pereira já aproveitou para bater um papo com o pessoal da coleta de lixo, foi uma constante em toda viagem pois é uma excelente pesquisa e troca de conhecimentos para a sua área de atuação.
Águas Dulces não me despertou muita curiosidade, talvez por estar apenas de passagem, pode ser um balneário agradável mas ficou sem uma característica forte, pois a maioria dos outros balneários haviam uma personalidade marcante, seja pelas pessoas ou pela própria praia. Percebemos durante toda a costa do Uruguai, que existem balneários para todos os gostos e todos com belezas marcantes.
Voltamos para a Ruta e seguimos agora nos afastando do litoral com destino a Castilho, um ponto de apoio para passar descansarmos do sol forte do inicio da tarde. Até la tivemos várias subidas, mas nada se compara as serras brasileiras, pois são pouco íngrimes. A paisagem começa a ficar um pouco mais rural.
Castilhos é um pueblo pacato e acolhedor, boa parada para descansar.
Novamente pegamos a Ruta 9, rodovia com bom acostamento mas ainda com bastante movimento. Em uma das paradas encontramos um grupo de cicloturistas uruguaios muito animado que viajam no estilo mais mulambiker (pouca sofisticação e gastos). Ficamos um bom tempo papeando e até escutando uma boa música.
Logo após este encontro tivemos mais uma parada para uma breve refeição e após esta parada o Pereira resolveu sumir sem se despedir. Ele já deu sinal de estar se isolando em Castilhos e deveria estar ansioso para tocar direto para o Chui neste mesmo dia para finalizar de vez o Gira.
Resolvemos entrar em Punta del Diablo, um balneário muito comentado em relatos e durante nossa viagem. Foi nosso último mergulho na costa uruguaia, e a água estava ótima mesmo. Praia cheia e mais juventude do que família. Percebe-se ser uma praia de baladas.
Apesar de ter uma praia muito boa e uma bela costa, ela poderia ser melhor estruturada pois tem pouco acesso para as praias e muita poluição visual. Lembra algumas praias que foram sendo tomadas sem planejamento em Florianópolis.
Seguimos nosso caminho até o último destino antes de partirmos de volta para o Brasil, o Parque Fuerte Santa Teresa, um lugar de muita natureza e belas praias que é administrado pelo exército.
Paga-se pouco pelo camping, mas é uma taxa mínima para 3 dias, então para quem vai ficar apenas um dia fica um pouco mais caro. Pena não termos um dia a mais como o planejado inicialmente, pois tem que ter mais tempo para conhecer todo o parque.
O que agrava um pouco é a grande quantidade de gente que acampa, são muitas as barracas espalhadas por vários lugares no parque, e tem pouca estrutura para dar conta, deveriam ampliar mais os banheiros e mercados ou então restringir o número de visitantes.
Chegamos perdidos em dúvida na escolha do lugar, e foi então que surgiu o Santiago, mais um exemplo de como tem pessoas maravilhosas no Uruguai. Ele nos viu perdidos e já nos ofereceu todo o apoio na escolha de um local adequado e ainda ofereceu um pouco de sua estrutura, mas o melhor de tudo foi sua companhia e a agradável conversa.
A poucos quilômetros entramos no balneário de Aguas Dulces para conhecer, e o Pereira já aproveitou para bater um papo com o pessoal da coleta de lixo, foi uma constante em toda viagem pois é uma excelente pesquisa e troca de conhecimentos para a sua área de atuação.
Águas Dulces não me despertou muita curiosidade, talvez por estar apenas de passagem, pode ser um balneário agradável mas ficou sem uma característica forte, pois a maioria dos outros balneários haviam uma personalidade marcante, seja pelas pessoas ou pela própria praia. Percebemos durante toda a costa do Uruguai, que existem balneários para todos os gostos e todos com belezas marcantes.
Voltamos para a Ruta e seguimos agora nos afastando do litoral com destino a Castilho, um ponto de apoio para passar descansarmos do sol forte do inicio da tarde. Até la tivemos várias subidas, mas nada se compara as serras brasileiras, pois são pouco íngrimes. A paisagem começa a ficar um pouco mais rural.
Castilhos é um pueblo pacato e acolhedor, boa parada para descansar.
Novamente pegamos a Ruta 9, rodovia com bom acostamento mas ainda com bastante movimento. Em uma das paradas encontramos um grupo de cicloturistas uruguaios muito animado que viajam no estilo mais mulambiker (pouca sofisticação e gastos). Ficamos um bom tempo papeando e até escutando uma boa música.
Logo após este encontro tivemos mais uma parada para uma breve refeição e após esta parada o Pereira resolveu sumir sem se despedir. Ele já deu sinal de estar se isolando em Castilhos e deveria estar ansioso para tocar direto para o Chui neste mesmo dia para finalizar de vez o Gira.
Resolvemos entrar em Punta del Diablo, um balneário muito comentado em relatos e durante nossa viagem. Foi nosso último mergulho na costa uruguaia, e a água estava ótima mesmo. Praia cheia e mais juventude do que família. Percebe-se ser uma praia de baladas.
Apesar de ter uma praia muito boa e uma bela costa, ela poderia ser melhor estruturada pois tem pouco acesso para as praias e muita poluição visual. Lembra algumas praias que foram sendo tomadas sem planejamento em Florianópolis.
Seguimos nosso caminho até o último destino antes de partirmos de volta para o Brasil, o Parque Fuerte Santa Teresa, um lugar de muita natureza e belas praias que é administrado pelo exército.
Paga-se pouco pelo camping, mas é uma taxa mínima para 3 dias, então para quem vai ficar apenas um dia fica um pouco mais caro. Pena não termos um dia a mais como o planejado inicialmente, pois tem que ter mais tempo para conhecer todo o parque.
O que agrava um pouco é a grande quantidade de gente que acampa, são muitas as barracas espalhadas por vários lugares no parque, e tem pouca estrutura para dar conta, deveriam ampliar mais os banheiros e mercados ou então restringir o número de visitantes.
Chegamos perdidos em dúvida na escolha do lugar, e foi então que surgiu o Santiago, mais um exemplo de como tem pessoas maravilhosas no Uruguai. Ele nos viu perdidos e já nos ofereceu todo o apoio na escolha de um local adequado e ainda ofereceu um pouco de sua estrutura, mas o melhor de tudo foi sua companhia e a agradável conversa.
06 jan - Valizas
La Paloma possui vários campings e todos eles parecem enormes mas com certeza ficamos em um que deveria ser o mais badalado, o que foi um pouco ruim para dormir com tanto barulho, diferente do San Rafael onde todos se respeitam e é mais família, os de La Paloma são infestados de jovens que só querem festar. O Camping possuía ruas internas com quadras mesmo, tinha mercado, restaurante e tudo mais dentro dele.
O balneário todo é um agito de molecada, e quando acordamos eles ainda estavam voltando das festas. O dia amanheceu com forte vento e parecia que iria se formar uma forte tempestade de verão. Nos preparamos para a chuva, mas apenas o vento predominou e ainda a nosso favor. Apenas ficou contra no momento de irmos passear pelo centro.
Aproveitamos que estávamos passando pelo centro e o Marcelo percebeu que estava com dois raios estourados, e passamos na oficina do El Topo um carismático senhor que nos questionou porque nós brasileiros não nos referimos aos gringos como "los ermanos uruguaios", pois é assim que eles uruguaios e argentinos aprendem a nos tratar já na escola. A sua taller estava muito bem fácil de encontrar pois tinha placas de indicação a partir da rua principal de La Paloma. Me fez lembrar do camping de Santa Ana perto de Colonia, que tivemos dificuldade de encontrar por falta de placas indicativas.
Depois de La Paloma, passamos em La Pedreira e que apesar de ter uma costa bonita, possui um acesso complicado com muitas pessoas e carros disputando espaço, isso que nem estava um tempo bom. O visual é muito bonito.
Seguimos pela Ruta 10 a única que não poderemos falar bem pois não possui acostamento e tem muito movimento de carros. O Visual também é muito bonito apesar de ser um pouco monótono as vezes.
A partir de José Ignacio temos que sempre estar auto-suficientes de alimentação e água, pois existem poucos apoios no caminho. Sempre escolhíamos uma boa sombra para descansar e para uma refeição.
Como em todo restante do Uruguai, sempre íamos encontrando muitos brasileiros pelo caminho. Neste dia o Pereira acabou conhecendo os seus vizinhos de Floripa.
Conseguimos chegar com tempo suficiente para uma visita a Cabo Polonio, onde resolvemos optar pelo transporte 4 X 4 a partir da Rota 1o, o local é bem visível e sinalizado e os transportes especiais saem a todo momento, muito bem organizado. Quem tiver muita disposição pode tentar ir caminhando, mas é muito longe e iria tomar muito tempo e empurrar a bike é inviável.
Cabo Polônio é uma reserva ambiental onde é possível avistar lobos e leões marinhos, e também baleias e pinguins em algumas épocas do ano. Rodeada de ilhas onde já ocorreram diversos naufrágios e que também servem de refúgio para animais marinhos.
Podemos nos aproximar dos animais marinhos, o cheiro é forte mas é realmente bonito de se observar. O mar é muito agitado e o vento estava bem forte.
Ao redor da formação granítica existe a vila de pescadores que foi tomada por uma cultura exótica e por isso é também considerado um patrimônio cultural, e que mais percebi foi mesmo uma exploração deste tema, afinal onde tem tursita isso sempre acontece.
Apesar de ser proibido acampar, vimos várias pessoas com barracas nas costas e soube que a noite eles tomam conta e depois desarmam as barracas ao amanhecer. Mas existem diversas hospedagens alternativas. La alguns se viram com energia solar, eólica e com geradores. O único lugar alimentado com energia elétrica é o farol.
Após a visita a Cabo Polonio seguimos até Valizas, e como estavamos com tempo ainda, resolvemos optar por trocar o camping mais a beira da estrada por algum outro mais no litoral. E esta foi a melhor escolha pois não poderíamos perder a oportunidade de conhecer este balneário exótico.
Encontramos um camping clandestino, um achado que a Aline descobriu ao se informar em um mercado. Foi diferente apesar de não ter uma estrutura adequada com banho quente e ser ao lado de uma festa com muito barulho. Mas todos os outros lugares ali não seriam livres do agito. Fomos passear na praia e na vila e já acompanhamos um show na praça.
Apesar do vento frio, foi uma delicia ficar um tempo nesta praia linda com areia macia. Uma das melhores praias que fui no Uruguai. Adorei e recomendo muito. Podemos avista as enormes dunas que fazem divisa com Cabo Polonio e para onde podemos ir caminhando.
A noite possui muitas opções de festas, bares, feiras tudo regado com muita musica. Lembra de leve o ritmo da Lagoa da Conceição em Florianópolis. Em um destes lugares uma banda se apresentava entre os arbustos e tocava músicas alternativas que faziam a trilha sonora para um filme no telão.
Praças com rodas ao redor do fogo, venda de artesanatos e livros e na rua principal um batuque ritmado de tambores éra seguido por uma população animada de um lado para outro como um imenso bloco de carnaval.
Valizas foi pura vibe, foi o ânimo que estávamos precisando.
O balneário todo é um agito de molecada, e quando acordamos eles ainda estavam voltando das festas. O dia amanheceu com forte vento e parecia que iria se formar uma forte tempestade de verão. Nos preparamos para a chuva, mas apenas o vento predominou e ainda a nosso favor. Apenas ficou contra no momento de irmos passear pelo centro.
Aproveitamos que estávamos passando pelo centro e o Marcelo percebeu que estava com dois raios estourados, e passamos na oficina do El Topo um carismático senhor que nos questionou porque nós brasileiros não nos referimos aos gringos como "los ermanos uruguaios", pois é assim que eles uruguaios e argentinos aprendem a nos tratar já na escola. A sua taller estava muito bem fácil de encontrar pois tinha placas de indicação a partir da rua principal de La Paloma. Me fez lembrar do camping de Santa Ana perto de Colonia, que tivemos dificuldade de encontrar por falta de placas indicativas.
Depois de La Paloma, passamos em La Pedreira e que apesar de ter uma costa bonita, possui um acesso complicado com muitas pessoas e carros disputando espaço, isso que nem estava um tempo bom. O visual é muito bonito.
Seguimos pela Ruta 10 a única que não poderemos falar bem pois não possui acostamento e tem muito movimento de carros. O Visual também é muito bonito apesar de ser um pouco monótono as vezes.
A partir de José Ignacio temos que sempre estar auto-suficientes de alimentação e água, pois existem poucos apoios no caminho. Sempre escolhíamos uma boa sombra para descansar e para uma refeição.
Como em todo restante do Uruguai, sempre íamos encontrando muitos brasileiros pelo caminho. Neste dia o Pereira acabou conhecendo os seus vizinhos de Floripa.
Conseguimos chegar com tempo suficiente para uma visita a Cabo Polonio, onde resolvemos optar pelo transporte 4 X 4 a partir da Rota 1o, o local é bem visível e sinalizado e os transportes especiais saem a todo momento, muito bem organizado. Quem tiver muita disposição pode tentar ir caminhando, mas é muito longe e iria tomar muito tempo e empurrar a bike é inviável.
Cabo Polônio é uma reserva ambiental onde é possível avistar lobos e leões marinhos, e também baleias e pinguins em algumas épocas do ano. Rodeada de ilhas onde já ocorreram diversos naufrágios e que também servem de refúgio para animais marinhos.
Podemos nos aproximar dos animais marinhos, o cheiro é forte mas é realmente bonito de se observar. O mar é muito agitado e o vento estava bem forte.
Ao redor da formação granítica existe a vila de pescadores que foi tomada por uma cultura exótica e por isso é também considerado um patrimônio cultural, e que mais percebi foi mesmo uma exploração deste tema, afinal onde tem tursita isso sempre acontece.
Apesar de ser proibido acampar, vimos várias pessoas com barracas nas costas e soube que a noite eles tomam conta e depois desarmam as barracas ao amanhecer. Mas existem diversas hospedagens alternativas. La alguns se viram com energia solar, eólica e com geradores. O único lugar alimentado com energia elétrica é o farol.
Após a visita a Cabo Polonio seguimos até Valizas, e como estavamos com tempo ainda, resolvemos optar por trocar o camping mais a beira da estrada por algum outro mais no litoral. E esta foi a melhor escolha pois não poderíamos perder a oportunidade de conhecer este balneário exótico.
Encontramos um camping clandestino, um achado que a Aline descobriu ao se informar em um mercado. Foi diferente apesar de não ter uma estrutura adequada com banho quente e ser ao lado de uma festa com muito barulho. Mas todos os outros lugares ali não seriam livres do agito. Fomos passear na praia e na vila e já acompanhamos um show na praça.
Apesar do vento frio, foi uma delicia ficar um tempo nesta praia linda com areia macia. Uma das melhores praias que fui no Uruguai. Adorei e recomendo muito. Podemos avista as enormes dunas que fazem divisa com Cabo Polonio e para onde podemos ir caminhando.
A noite possui muitas opções de festas, bares, feiras tudo regado com muita musica. Lembra de leve o ritmo da Lagoa da Conceição em Florianópolis. Em um destes lugares uma banda se apresentava entre os arbustos e tocava músicas alternativas que faziam a trilha sonora para um filme no telão.
Praças com rodas ao redor do fogo, venda de artesanatos e livros e na rua principal um batuque ritmado de tambores éra seguido por uma população animada de um lado para outro como um imenso bloco de carnaval.
Valizas foi pura vibe, foi o ânimo que estávamos precisando.
05 jan - La Paloma
Comentando então um pouco de Punta del Leste, é um balneário elitizado e movimentado e que nem chegamos a desbravar adequadamente, mas que nem nos atraiu muito quanto a região de Punta Ballena.
Ficamos no camping San Rafael, conforme os relatos estudados confirmamos que ele é realmente um camping muito organizado e que vale muito ficar nele por sua tranquilidade e sua estrutura. A noite anterior eu tive o prazer de ficar um longo tempo de conversa com o casal ciclista Rony e Clear, simpáticos e adeptos da bike para uso diário em Montevidéu onde vivem. São muito jovens, saúde espetacular e muita alegria o que me fez muito bem naquela noite.
Eles iriam nos acompanhar na manhã deste dia 5 por um percurso, mas tiveram que ficar pois estavam com visita no momento de nossa saída.
O sol retoma logo a dianteira mandando avisar que o céu é dele e o giro vai continuar...
Paramos em José Ingacio para conhecer esta punta e o farol e fazermos nossa primeira pausa do calor e uma refeição, é uma região charmosa e tranquila mas sem opções interessantes para hospedagens o que iria facilitar muito para diminuirmos a quilometragem até La Paloma.
Esta região é muito bonita por ter a possibilidade de observar a união da Laguna Garzon com o mar.
A travessia da Laguna é pela balsa e logo em seguida começa a estrada de terra e vários quilômetros sem apoio de bares ou postos de gasolina.
Para quem gosta de praias bonitas e tranquilas esta é uma região perfeita, além de ter a opção de escolher entre as águas da laguna ou do mar.
O caminho mais curto seria seguir até a Laguna de Rocha, mas não existe passagem até La Paloma, e então o jeito é se afastar do mar e contornar a Laguna passando por Rocha pegando a Ruta 9. Muita região bonita com pecuária e outras paisagens mas com quilômetros de estrada de terra e muitas subidas.
Em Rocha paramos para decidir se continuaríamos mais 22km até La Paloma, foi mais um momento de nervos aflorados, com todos os questionamentos e a insegurança com o cronograma. Decidi não tolerar mais palavras negativas e tomei a decisão de impor as opções sem cuidados com as palavras, o stress estava me abalando e com muita conversa com os amigos consegui colocar minha cabeça no lugar.
Estava entrando em uma neura e não conseguia raciocinar, nem consegui visualizar que estava tudo de acordo com o planejado, foi a Aline de cabeça fria que visualizou que estávamos dentro do planejado e nem seria necessário deixar o Fuerte Santa Teresa de lado, tínhamos até tempo para Cabo Polonio.
Decidimos então seguir até La Paloma.
Ficamos no camping San Rafael, conforme os relatos estudados confirmamos que ele é realmente um camping muito organizado e que vale muito ficar nele por sua tranquilidade e sua estrutura. A noite anterior eu tive o prazer de ficar um longo tempo de conversa com o casal ciclista Rony e Clear, simpáticos e adeptos da bike para uso diário em Montevidéu onde vivem. São muito jovens, saúde espetacular e muita alegria o que me fez muito bem naquela noite.
Eles iriam nos acompanhar na manhã deste dia 5 por um percurso, mas tiveram que ficar pois estavam com visita no momento de nossa saída.
O sol retoma logo a dianteira mandando avisar que o céu é dele e o giro vai continuar...
Paramos em José Ingacio para conhecer esta punta e o farol e fazermos nossa primeira pausa do calor e uma refeição, é uma região charmosa e tranquila mas sem opções interessantes para hospedagens o que iria facilitar muito para diminuirmos a quilometragem até La Paloma.
Esta região é muito bonita por ter a possibilidade de observar a união da Laguna Garzon com o mar.
A travessia da Laguna é pela balsa e logo em seguida começa a estrada de terra e vários quilômetros sem apoio de bares ou postos de gasolina.
Para quem gosta de praias bonitas e tranquilas esta é uma região perfeita, além de ter a opção de escolher entre as águas da laguna ou do mar.
O caminho mais curto seria seguir até a Laguna de Rocha, mas não existe passagem até La Paloma, e então o jeito é se afastar do mar e contornar a Laguna passando por Rocha pegando a Ruta 9. Muita região bonita com pecuária e outras paisagens mas com quilômetros de estrada de terra e muitas subidas.
Em Rocha paramos para decidir se continuaríamos mais 22km até La Paloma, foi mais um momento de nervos aflorados, com todos os questionamentos e a insegurança com o cronograma. Decidi não tolerar mais palavras negativas e tomei a decisão de impor as opções sem cuidados com as palavras, o stress estava me abalando e com muita conversa com os amigos consegui colocar minha cabeça no lugar.
Estava entrando em uma neura e não conseguia raciocinar, nem consegui visualizar que estava tudo de acordo com o planejado, foi a Aline de cabeça fria que visualizou que estávamos dentro do planejado e nem seria necessário deixar o Fuerte Santa Teresa de lado, tínhamos até tempo para Cabo Polonio.
Decidimos então seguir até La Paloma.
04 jan - Punta del Leste
Amanheceu após a festa do Martin, todos espalhados pela casa de nosso anfitrião e aos poucos nos aprontamos e ele nos acompanhou até a Casapueblo em Puntaballena través de mais um caminho bonito pelo parque em volta de sua casa.
O tempo estava fechado, mas a vista fica linda assim mesmo. A Casapueblo é mais uma fantástica obra do artista Carlos Páez, é o seu atelier e um local para receber a todos com muito carinho e encanto.
A Casapueblo já estava definida como um local para visitarmos, mas não esperávamos pela oportunidade de poder entrar nela. Melhor ainda foi poder conhecer a sua filha Agó Páez na festa do Martin, ela é uma mulher carismática e muito talentosa assim como o seu pai.
Também fomos bem recebidos pela Caroline que também conhecemos na festa e que nos convidou a conhecer melhor a Casapueblo e nos recebeu com muita atenção.
Tivemos a oportunidade de estar junto com o talentoso Carlos Páez e conhecer muito de sua obra.
A passagem por Maldonado foi muito gratificante por causa do Martin, uma pessoa fantástica que nos recebeu com todo carinho e dedicou todo o tempo para nos atender, mesmo em seu aniversário. E foi perfeito cada momento parecendo até que estávamos a vários dias juntos tamanha afinidade com todos do grupo.
Mas nem tudo saiu muito bem após nos despedirmos do Martin, pois o tempo fechou mesmo ao chegarmos em Punta del Leste. Caiu muita chuva e os ânimos foram se esvaindo em geral. Ficamos um bom tempo na península de Punta pensando no que fazer.
Previsões nada agradáveis de vários dias de chuva e muita indecisão ou falta de vontade em seguir com o Gira. Considerações de que seria loucura continuar, a preocupação com a falta de alternativas para retornar ao Brasil pois quase não restavam passagens e opções de ônibus, e muitas outras palavras negativas que bombardeiam e que te jogam la em baixo.
Todo este cenário também me fez entrar em uma neura e em certo momento também cheguei a aceitar a idéia de abortar o Gira. Resolvemos então ir até a rodoviária e resolver o nosso retorno e no caminho passamos pelo famoso ponto turístico los Dedos, ali a Aline pediu para parar em plena chuva para uma foto. Percebi que ainda restava uma energia positiva no grupo, alguém acreditando e curtindo mesmo sem se importar com clima ou se entregar a incomodoções, estava ali e não iria desperdiçar cada momento com um aglomerado de pequenas preocupações.
Foi então que perguntei se ela gostaria de continuar assim mesmo e ela respondeu que sim, foi um alívio pois foi o suficiente para ascender a chama de meu espírito aventureiro.
Esperamos cada um dos outros tomarem suas decisões, melhor ficarmos calados do que ficar escutando mais e mais palavras desanimadoras. No final colocamos nossa intenção e o Marcelo e Pereira optaram por continuar também. Para a Sandra realmente seria melhor não arriscar muito, afinal seria uma aventura e não poderíamos garantir conforto para os próximos dias.
” Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça. Simplesmente saia e faça. Você ficará muito, muito contente por ter feito.”
Chris McCandless (Alexander Supertramp), em carta enviada a Ron Franz
O tempo estava fechado, mas a vista fica linda assim mesmo. A Casapueblo é mais uma fantástica obra do artista Carlos Páez, é o seu atelier e um local para receber a todos com muito carinho e encanto.
A Casapueblo já estava definida como um local para visitarmos, mas não esperávamos pela oportunidade de poder entrar nela. Melhor ainda foi poder conhecer a sua filha Agó Páez na festa do Martin, ela é uma mulher carismática e muito talentosa assim como o seu pai.
Também fomos bem recebidos pela Caroline que também conhecemos na festa e que nos convidou a conhecer melhor a Casapueblo e nos recebeu com muita atenção.
Tivemos a oportunidade de estar junto com o talentoso Carlos Páez e conhecer muito de sua obra.
A passagem por Maldonado foi muito gratificante por causa do Martin, uma pessoa fantástica que nos recebeu com todo carinho e dedicou todo o tempo para nos atender, mesmo em seu aniversário. E foi perfeito cada momento parecendo até que estávamos a vários dias juntos tamanha afinidade com todos do grupo.
Mas nem tudo saiu muito bem após nos despedirmos do Martin, pois o tempo fechou mesmo ao chegarmos em Punta del Leste. Caiu muita chuva e os ânimos foram se esvaindo em geral. Ficamos um bom tempo na península de Punta pensando no que fazer.
Previsões nada agradáveis de vários dias de chuva e muita indecisão ou falta de vontade em seguir com o Gira. Considerações de que seria loucura continuar, a preocupação com a falta de alternativas para retornar ao Brasil pois quase não restavam passagens e opções de ônibus, e muitas outras palavras negativas que bombardeiam e que te jogam la em baixo.
Todo este cenário também me fez entrar em uma neura e em certo momento também cheguei a aceitar a idéia de abortar o Gira. Resolvemos então ir até a rodoviária e resolver o nosso retorno e no caminho passamos pelo famoso ponto turístico los Dedos, ali a Aline pediu para parar em plena chuva para uma foto. Percebi que ainda restava uma energia positiva no grupo, alguém acreditando e curtindo mesmo sem se importar com clima ou se entregar a incomodoções, estava ali e não iria desperdiçar cada momento com um aglomerado de pequenas preocupações.
Foi então que perguntei se ela gostaria de continuar assim mesmo e ela respondeu que sim, foi um alívio pois foi o suficiente para ascender a chama de meu espírito aventureiro.
Esperamos cada um dos outros tomarem suas decisões, melhor ficarmos calados do que ficar escutando mais e mais palavras desanimadoras. No final colocamos nossa intenção e o Marcelo e Pereira optaram por continuar também. Para a Sandra realmente seria melhor não arriscar muito, afinal seria uma aventura e não poderíamos garantir conforto para os próximos dias.
” Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça. Simplesmente saia e faça. Você ficará muito, muito contente por ter feito.”
Chris McCandless (Alexander Supertramp), em carta enviada a Ron Franz
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
03 - Punta Ballena
Mais uma manhã quente e de sol, ainda foi pouco para amenizar a tristeza de sairmos sem nossa companheira Fabi. Porém o gira segue pela costa rumo ao Brasil e desbravando cada novo momento.
Imagem de Piriapolis, com o Cerro Pan de Azúcar ao fundo e o cassino ao centro.
Ao nos afastarmos da costa rumo à Ruta Interbalneária, um ciclista nos informou que os policiais o haviam impedido de trafegar pela Ruta, nos aconselhou a voltar mas fizemos que não compreendemos direito e seguimos, pois afinal já haviamos trafegado antes por ela e mesmo com placas de proibição para bicicletas. Caso fossemos abordados, iríamos tentar carona em carrocerias de camionetas.
Chegamos até Punta Ballena e até passamos na frente do policial que nada nos alertou sobre estarmos trafegando com as bikes na Ruta. E isso que estávamos a poucos metros de uma placa de proibição. É engraçado probir andar de bike e permitir andar com motos sem capacetes ou mesmo sem sinto e até na carroceria de camionetas.
Logo encontramos o uruguaio Martin que estava de niver e que iria nos hospedar com direito a festa e tudo. Mas para isso tivemos que enfrentar uma espetacular subida até o Lusshic Park onde ele mora.
Após a subida uma bela descida e um merecido descanso em uma bela sombra ao lado de seu magnifico rancho.
Ele nos preparou uma deliciosa refeição totalmente natural, o que foi tudo de bom para nossa amiga Aline que também é vegetariana como o Martin.
Seguimos depois para a praia de Portezuelo para o último mergulho no Rio del Plata, pois os próximos já seriam em costas banhadas pelo Atlântico.
Ainda neste mesmo dia, após descanso e banho, saímos com nosso novo amigo para a sua festa de niver, em um local onde encontramos o casal de amigos dele que já moraram um tempo no Brasil em Santa Catarina. Ela também estava de niver.
A noite foi caindo e a festa enchendo de amigos e com direito a fogueira e muita comida vegetariana. Não faltou um delicioso bolo e muita música brasileira até mesmo os parabéns para você em português, e que teve um coro reforçado.
O Pereira deu uma palha na percussão que nos animou muito durante a noite alegre e divertida, pessoas adoráveis e o privilégio de conhecer um pouco mais deste país e sua cultura alternativa.
Imagem de Piriapolis, com o Cerro Pan de Azúcar ao fundo e o cassino ao centro.
Ao nos afastarmos da costa rumo à Ruta Interbalneária, um ciclista nos informou que os policiais o haviam impedido de trafegar pela Ruta, nos aconselhou a voltar mas fizemos que não compreendemos direito e seguimos, pois afinal já haviamos trafegado antes por ela e mesmo com placas de proibição para bicicletas. Caso fossemos abordados, iríamos tentar carona em carrocerias de camionetas.
Chegamos até Punta Ballena e até passamos na frente do policial que nada nos alertou sobre estarmos trafegando com as bikes na Ruta. E isso que estávamos a poucos metros de uma placa de proibição. É engraçado probir andar de bike e permitir andar com motos sem capacetes ou mesmo sem sinto e até na carroceria de camionetas.
Logo encontramos o uruguaio Martin que estava de niver e que iria nos hospedar com direito a festa e tudo. Mas para isso tivemos que enfrentar uma espetacular subida até o Lusshic Park onde ele mora.
Após a subida uma bela descida e um merecido descanso em uma bela sombra ao lado de seu magnifico rancho.
Ele nos preparou uma deliciosa refeição totalmente natural, o que foi tudo de bom para nossa amiga Aline que também é vegetariana como o Martin.
Seguimos depois para a praia de Portezuelo para o último mergulho no Rio del Plata, pois os próximos já seriam em costas banhadas pelo Atlântico.
Ainda neste mesmo dia, após descanso e banho, saímos com nosso novo amigo para a sua festa de niver, em um local onde encontramos o casal de amigos dele que já moraram um tempo no Brasil em Santa Catarina. Ela também estava de niver.
A noite foi caindo e a festa enchendo de amigos e com direito a fogueira e muita comida vegetariana. Não faltou um delicioso bolo e muita música brasileira até mesmo os parabéns para você em português, e que teve um coro reforçado.
O Pereira deu uma palha na percussão que nos animou muito durante a noite alegre e divertida, pessoas adoráveis e o privilégio de conhecer um pouco mais deste país e sua cultura alternativa.
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