terça-feira, 12 de janeiro de 2010

07 jan - Santa Teresa

Mais uma manhã de forte sol, acordamos cedo desarmando as barracas e incomodando um pouco os vizinhos do camping que haviam passado a noite em claro festando. Saímos com um pouco de vento lateral pela estrada de terra que liga até a Ruta 10.


A poucos quilômetros entramos no balneário de Aguas Dulces para conhecer, e o Pereira já aproveitou para bater um papo com o pessoal da coleta de lixo, foi uma constante em toda viagem pois é uma excelente pesquisa e troca de conhecimentos para a sua área de atuação.


Águas Dulces não me despertou muita curiosidade, talvez por estar apenas de passagem, pode ser um balneário agradável mas ficou sem uma característica forte, pois a maioria dos outros balneários haviam uma personalidade marcante, seja pelas pessoas ou pela própria praia. Percebemos durante toda a costa do Uruguai, que existem balneários para todos os gostos e todos com belezas marcantes.


Voltamos para a Ruta e seguimos agora nos afastando do litoral com destino a Castilho, um ponto de apoio para passar descansarmos do sol forte do inicio da tarde. Até la tivemos várias subidas, mas nada se compara as serras brasileiras, pois são pouco íngrimes. A paisagem começa a ficar um pouco mais rural.


Castilhos é um pueblo pacato e acolhedor, boa parada para descansar.


Novamente pegamos a Ruta 9, rodovia com bom acostamento mas ainda com bastante movimento. Em uma das paradas encontramos um grupo de cicloturistas uruguaios muito animado que viajam no estilo mais mulambiker (pouca sofisticação e gastos). Ficamos um bom tempo papeando e até escutando uma boa música.

Logo após este encontro tivemos mais uma parada para uma breve refeição e após esta parada o Pereira resolveu sumir sem se despedir. Ele já deu sinal de estar se isolando em Castilhos e deveria estar ansioso para tocar direto para o Chui neste mesmo dia para finalizar de vez o Gira.


Resolvemos entrar em Punta del Diablo, um balneário muito comentado em relatos e durante nossa viagem. Foi nosso último mergulho na costa uruguaia, e a água estava ótima mesmo. Praia cheia e mais juventude do que família. Percebe-se ser uma praia de baladas.


Apesar de ter uma praia muito boa e uma bela costa, ela poderia ser melhor estruturada pois tem pouco acesso para as praias e muita poluição visual. Lembra algumas praias que foram sendo tomadas sem planejamento em Florianópolis.


Seguimos nosso caminho até o último destino antes de partirmos de volta para o Brasil, o Parque Fuerte Santa Teresa, um lugar de muita natureza e belas praias que é administrado pelo exército.

Paga-se pouco pelo camping, mas é uma taxa mínima para 3 dias, então para quem vai ficar apenas um dia fica um pouco mais caro. Pena não termos um dia a mais como o planejado inicialmente, pois tem que ter mais tempo para conhecer todo o parque.

O que agrava um pouco é a grande quantidade de gente que acampa, são muitas as barracas espalhadas por vários lugares no parque, e tem pouca estrutura para dar conta, deveriam ampliar mais os banheiros e mercados ou então restringir o número de visitantes.

Chegamos perdidos em dúvida na escolha do lugar, e foi então que surgiu o Santiago, mais um exemplo de como tem pessoas maravilhosas no Uruguai. Ele nos viu perdidos e já nos ofereceu todo o apoio na escolha de um local adequado e ainda ofereceu um pouco de sua estrutura, mas o melhor de tudo foi sua companhia e a agradável conversa.

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